sexta-feira, 13 de abril de 2007

"Na cinza das horas..."

Com o rosto molhado de suas lágrimas e a respiração já meio ofegante ela se vestiu com uma roupa qualquer, pegou sua bolsa e saiu. Saiu sem rumo. Foi caminhando pela avenida observando sua sombra no chão, até que resolveu parar no ponto de ônibus e lá ficou por um bom tempo, sentindo o forte vento que esfriava mais ainda a sua pele e bagunçava seus cabelos. Ficou olhando uma árvore iluminada pela luz da rua, suas folhas tinham um verde tão intenso, tão brilhante que ela desejava ser como elas: viva. Decidiu pegar um ônibus. Enquanto andava até o assento sentiu os olhares das pessoas que com certeza reparavam em seus olhos inchados e vermelhos. Não se importou, sentou e fechou os olhos. Uma senhora sentou ao seu lado, puxou um assunto qualquer e lhe deu um chocolate. Ela agradeceu, sorriu e se levantou. Desceu, acendeu um cigarro e caminhou vagarosamente até que decidiu ir para a faculdade. Andou mais um pouco e olhou no celular: uma ligação perdida. Ela desejou estar junto da amiga que telefonou e retornou a ligação. Chegou na faculdade, conversou com algumas pessoas e ficou ouvindo o professor e uma colega falarem sem parar sobre mais um trabalho imbecil. Sua vontade era de sumir. O celular tocou de novo, outra pessoa e talvez a salvação da noite. "Estou indo aí, me encontra em 15 minutos", que alívio. Acendeu outro cigarro esperando a amiga chegar. Entrou no carro e sorriu. Elas comiam e conversavam, recordando histórias, pessoas, e contando novidades. No fim da noite se abraçaram e ela foi esperar seu ônibus chegar. Ficou de pé até chegar em sua casa, não queria se sentar. Apertou o sinal para o ônibus párar e desceu. Chegou no condomínio, cumprimentou alguns conhecidos e entrou no elevador. Olhou no espelho e viu seus olhos ainda vermelhos, prendeu os cabelos e entrou em casa. Deu um beijo em seu pai, deitou no sofá e alí ficou. Perdida em meio a seus pensamentos e reflexões. Sentiu que tudo estava errado e confuso. Se levantou e foi para o quarto. Deitou, suspirou e dormiu. Horas depois acordou sem vontade, solitária, vazia e querendo algo que ela não sabe bem o que é. Ela precisa de um tempo, um tempo que o relógio não é capaz de dar. Ela só precisa se encontrar... ela realmente precisa parar...

3 comentários:

Le_Gusta disse...

os olhos vermelhos vão se cansar e vão voltar ao normal! e a moça ira se achar dentro dela mesma! e ai o unico tempo que ela vai contar é o do relógio que agora não ajuda, mas que logo logo irá diminuir a ansiedade de ver quem ou o que ela precisa ver! logo logo!

beijo amor.

.Lila. disse...

Uiaa Titaa =)
Tá escrevendo beeem!
Parabééns!

Beijoooos
Te amo

Anônimo disse...

bem senhorita, agora vc tem meu tel!
quando estiver se sentindo assim me ligue que vou correndo tah?
lembre-se que a vida é muito curta para deixarmos ela passar em branco, portanto vamos aproveitar cada momento e se algo estiver errado, não estiver dando muito certo, tente de novo, afinal de contas o risco é o caminho para o sucesso!
bjão queridona!
te amodoro!