terça-feira, 26 de outubro de 2010

...morava nas pedreiras, e viveu escrevendo em uma pedra..

Foi caminhando pelos labirintos sem paredes da imaginação que ela visualizou determinadas situações e conseguiu finalmente, compreendê-las de uma forma mais clara, mais objetiva. Parou de andar, observou tudo que acontecera dias, meses, anos, vidas atrás e sorriu ao perceber que certas coisas não mudam. "Uma simples pausa pode fazer a diferença" pensou ela enquanto continuava seu trajeto. Passou em meio a belas esculturas, imagens distorcidas, diferentes odores e vozes que se transformavam repentinamente. "Mais uma pausa" e foi se sentar em uma pedreira tão alta que ela não tem a noção do tempo que demorou para subir. Ao tentar avistar o chão, viu que ele de tão distante, havia desaparecido de seus olhos, mas sem medo permaneceu alí, ora sentada, ora caminhando. Vez ou outra era capaz de ouvir alguém chamar seu nome - "Mas qual nome? Eu atendo por vários", disse podendo ouvir o eco de sua voz. Passou tanto tempo naquele local que sem medo já subia e descia com frequência a gigante pedreira. Até que um dia se deu conta que de tão acostumada a descer, nem se lembrava mais do esforço que fazia para subir. Hum... outra pausa, dessa vez para respirar melhor.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Ela usou o telefone buscando um incentivo, um apoio, uma palavra de esperança, mas em seus ouvidos só entraram as mesmas palavras desanimadoras de sempre.. ok, um tanto realistas mas um tanto pessimistas. O tempo vai se encarregar de encaminhar certas coisas e sua esperança está bem alí, intacta, se unindo à força de vontade de mostrar que quem disse aquilo estava errado.
Ela se sente tão pequena e ao mesmo tempo tão gigante. Isso é normal? Ou normal é seguir a maioria? Essas dúvidas passam pela sua cabeça mas logo vão embora, para ela isso não tem a menor importância...pq pensando bem, com tantas coisas interessantes por aí, interessa mesmo saber o que julgam ser normal?