sexta-feira, 27 de abril de 2007

Este foi um dia realmente importante e fundamental para ela. Precisou mostrar que já é mesmo "gente grande" e se saiu muito bem. Sentiu até um alívio.
Agora ela escuta músicas ruins que talvez nem sejam tão ruins assim e sente vontade de fazer algo que esperou a semana inteira pra poder fazer. E agora que ela pode nem tenta e se deixa dominar por uma força chamada sono e um sentimento de negação. Ao mesmo tempo que a anima, lhe deixa cansada de pensar na possibilidade contrária, que tem grandes chances de acontecer. Ela não sabe, mas precisa de um incentivo.

domingo, 22 de abril de 2007

Em meio a essas coisas existem outras, milhares de outras e ela necessita se livrar dessa loucura que só lhe faz mal. Energias ruins, egoísmo, esquecimento... não, ela não precisa se incomodar tanto, mas é seu jeito, ela não gosta, não entende e não vê motivos para que tais coisas aconteçam. Sabe, acho que ela sumiria se pudesse, apertaria um botão para fazer "Puft" e viveria bem distante disso tudo.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Ela chegou sorrindo e dizendo seu 'boa noite' habitual e o porteiro lhe abordou. Ele enxergou além, ele viu a sua alma. Ele que ela conversa algumas bobagens mas nem o nome lembra. E ele viu o que se passava por dentro e se preocupou. De uma forma corriqueira, rápida, mas se preocupou.
Pode-se dizer que aquilo foi de certa forma agoniante e acolhedor. Tranquilizante.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

"Na cinza das horas..."

Com o rosto molhado de suas lágrimas e a respiração já meio ofegante ela se vestiu com uma roupa qualquer, pegou sua bolsa e saiu. Saiu sem rumo. Foi caminhando pela avenida observando sua sombra no chão, até que resolveu parar no ponto de ônibus e lá ficou por um bom tempo, sentindo o forte vento que esfriava mais ainda a sua pele e bagunçava seus cabelos. Ficou olhando uma árvore iluminada pela luz da rua, suas folhas tinham um verde tão intenso, tão brilhante que ela desejava ser como elas: viva. Decidiu pegar um ônibus. Enquanto andava até o assento sentiu os olhares das pessoas que com certeza reparavam em seus olhos inchados e vermelhos. Não se importou, sentou e fechou os olhos. Uma senhora sentou ao seu lado, puxou um assunto qualquer e lhe deu um chocolate. Ela agradeceu, sorriu e se levantou. Desceu, acendeu um cigarro e caminhou vagarosamente até que decidiu ir para a faculdade. Andou mais um pouco e olhou no celular: uma ligação perdida. Ela desejou estar junto da amiga que telefonou e retornou a ligação. Chegou na faculdade, conversou com algumas pessoas e ficou ouvindo o professor e uma colega falarem sem parar sobre mais um trabalho imbecil. Sua vontade era de sumir. O celular tocou de novo, outra pessoa e talvez a salvação da noite. "Estou indo aí, me encontra em 15 minutos", que alívio. Acendeu outro cigarro esperando a amiga chegar. Entrou no carro e sorriu. Elas comiam e conversavam, recordando histórias, pessoas, e contando novidades. No fim da noite se abraçaram e ela foi esperar seu ônibus chegar. Ficou de pé até chegar em sua casa, não queria se sentar. Apertou o sinal para o ônibus párar e desceu. Chegou no condomínio, cumprimentou alguns conhecidos e entrou no elevador. Olhou no espelho e viu seus olhos ainda vermelhos, prendeu os cabelos e entrou em casa. Deu um beijo em seu pai, deitou no sofá e alí ficou. Perdida em meio a seus pensamentos e reflexões. Sentiu que tudo estava errado e confuso. Se levantou e foi para o quarto. Deitou, suspirou e dormiu. Horas depois acordou sem vontade, solitária, vazia e querendo algo que ela não sabe bem o que é. Ela precisa de um tempo, um tempo que o relógio não é capaz de dar. Ela só precisa se encontrar... ela realmente precisa parar...

segunda-feira, 9 de abril de 2007

"Todo dia ela faz tudo sempre igual..."

Quando a vida se torna uma rotina maçante, agoniante e estressantemente desgastante é hora de mudar. De mudar algo, de mudar muitas coisas, de mudar alguma coisa, de mudar qualquer coisa, nem que seja apenas o seu cabelo.
Quando você engorda muito, esquece de tudo, se vê sem rumo em situações que você já está habituada, confunde horários e sonhos, começa a ter problemas de saúde, sono em excesso, vontade de fumar, de dormir, de sumir... é aí que você para e pensa: "cacete, o que minha vida se tornou?"
Você sente que precisa viajar, gritar, sonhar, cantar, falar, amar, mudar, mudar, mudar, mudar.. mas você não pode, você simplesmente não pode porque tudo isso não é só seu, tudo isso não vem só pra você, quem tem não é só você e quem escolheu não foi só você! Você pode, a partir do momento em que você não se preocupar com mais ninguém e viver apenas pra si, e ter como viver assim.
Essa imensa bola de neve é algo que incomoda, e muito.
Que grande merda é essa? Uma coisa que você ama asburdamente não pode ser algo que te derruba assim, não pode se tornar isso, não pode ser quase que apenas obrigação, não pode ser tão desanimador. Não!

Entediante. Sem emoção. Sem vida...